Em nossa trajetória pela vida, encontramos inúmeras bifurcações. Algumas delas, especialmente ligadas às finanças e economia, têm o poder não só de afetar nossa existência imediata, mas também de moldar a construção do nosso futuro. Nesse contexto, os princípios de finanças e economia são mais do que ferramentas; eles são um conjunto de lentes pelas quais podemos enxergar e compreender o mundo, possibilitando decisões financeiras mais sólidas e bem fundamentadas.
Como Sócrates disse:
“uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”.
Se esse é o caso, por que negligenciar o exame de nossas finanças pessoais, sendo ela uma área que tem o poder de afetar nossa qualidade de vida de maneira tão profunda?
Vejamos a economia comportamental, uma fusão intrigante de psicologia e economia. Ela nos mostra como, frequentemente, agimos contra nossos próprios interesses devido a vieses emocionais ou cognitivos. Adam Smith, que é amplamente considerado o pai da economia moderna, explorou em sua obra “Teoria dos Sentimentos Morais“, a complexidade das emoções humanas e como elas afetam nossas decisões, inclusive financeiras.
É imperativo que adotemos o conceito da ‘utilidade marginal’, que nos incentiva a ponderar o valor adicional que um bem ou serviço traz para nossas vidas, comparado ao seu custo.
Aqui, vale citar Epicuro:
“Não estrague o que você tem desejando o que não tem; lembre-se que o que você tem agora uma vez foi uma das coisas que você só esperava”.
A lição fundamental aqui é sobre moderação, algo que também se aplica na alocação de ativos e na diversificação do portfólio. Quão equilibrado é o seu portfólio? Ele reflete suas necessidades e tolerância ao risco, além de suas metas financeiras futuras? E aqui, o equilíbrio entre risco e retorno é um princípio econômico que não pode ser ignorado.
A prudência nos investimentos também pode ser traçada até a Filosofia Estóica, que nos ensina a controlar o que está sob nosso controle e aceitar o que não está.
Como disse Epíteto:
“Não podemos escolher as circunstâncias externas de nossa vida, mas sempre podemos escolher a maneira como reagimos a ela”.
O investidor sábio sabe que não pode controlar os mercados, mas pode controlar suas reações a eles.
Mas a verdadeira liberdade financeira, como muitas outras formas de liberdade, é atingida através do conhecimento. Ela não ocorre isoladamente. E assim como John Locke defendia que o conhecimento é derivado da experiência, nossas decisões financeiras devem ser embasadas tanto na educação formal quanto nas experiências vividas.
Enfim, os princípios da economia e das finanças têm raízes profundas, não apenas na matemática e estatística, mas também na filosofia, psicologia e ética. Eles servem como faróis em nossa jornada financeira, permitindo-nos não apenas maximizar nossos ganhos, mas também encontrar um sentido mais profundo em nossa busca pelo bem-estar econômico. E é essa a verdadeira riqueza que todos deveríamos aspirar.